22 de março de 2010

O (meu) vicio de roer as unhas...

Como era bom se tivesse umas unhas de jeito, longe do aspecto como as tenho agora. É um hábito que venho alimentando desde que me lembro ser alguém neste mundo. Por vezes torna-se complicado controlar o vício de não roer as unhas. Mas como é possível não o fazer, se já de natureza sou uma pessoa nervosa? Tento não acreditar muito nesta conversa dos nervosismos, já que vejo pessoas depressivas e com todas as doenças existentes à face da terra e quando se olha para as mãos, unhas perfeitas que só elas. Levei muitas coças por causa disto, e acho que as minhas mãos foram salas de experiencias para variadíssimos temperos. Ora colocavam pimenta, ora picante, ora tantas outras coisas que nunca beneficiaram em nada nesta cura. Mas, eu agora até tenho mais cuidado com isto, apesar de ser um grande roedor. Quando era puto, os pensos era coisa que andava sempre na minha mochila, para as primeiras intervenções. Vocês podem não acreditar, mas eu roía as unhas de maneira severa, acabava por morder a carne e ferir os dedos.

E só quando sentia essa dor é que parava. Quando não parava com a dor da mordidela, parava obviamente, ou com a chapada da professora ou com a dos pais. Nessas idades não temos consciência dos nossos actos, é uma verdade. E nestas alturas é que pensamos. “Se eu soubesse o que sei hoje…”. Pois, mas se eu soubesse o que sei hoje era um sobredotado (para aquela idade, claro). Hoje, nestes dias que só eu sei o que custa passar, sempre que a minha tensão parece aumentar, lá vêem os dedos à minha boca para mais um trabalho de serração. Lembro-me de conseguir ficar sem roer as unhas durante uns 17 dias. Para mim foi uma coisa… no mínimo extra-ordi-nária. Mas não sei o que me deu, que de manhã já tinha tudo ruído. Será que roí as unhas de noite? Pois, parece que sim.

Sinto pena por este vício ainda não me ter largado de vez, há, mas não perco a esperança. Sim, então não dizem que ela é a ultima a “bater as botas”? Então prontos. A verdade aliviante é que já tive os dedos mais feios, mais cabeçudos. Por agora, estou a conseguir amainar a fera e se assim continuar pode ser que ainda largue esta “coisa” de vez. Até lá, vou utilizando aquelas técnicas, todas estúpidas e caseiras. Meter as mãos por baixo das pernas, vernizes azedos… enfim…

Sem comentários: