22 de março de 2010

Qual o futuro da água? #1

Como é que tu consegues água? Apenas abres a torneira? Ou, como é comum em alguns lugares, precisas de andar muito, esperar numa fila enorme e depois voltar para casa carregado dum balde pesado com este valioso líquido? Tu gasta muitas horas todos os dias só para conseguires água suficiente para te lavares e cozinhares? Esta é a situação em muitos países: a água é escassa e difícil de conseguir. Talvez 40% da população mundial tira água de poços, rios, barragens ou poças. Em outros países, as mulheres levam seis horas para buscar água para a família. E seis horas a andar com 20 kilos em cada braço é obra.

A verdade é que a crise da água e do saneamento básico afecta severamente mais de um terço da população mundial. O problema é grave principalmente na África, onde 6 de cada 10 pessoas não têm nem sequer uma WC de jeito, um facto que, de acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde, favorece a contaminação de fontes de água, de alimentos e do solo por bactérias, vírus e parasitas encontrados em excrementos humanos. O relatório diz que essa contaminação é a principal causa de diarreia, ou seja, o segundo maior culpado pela morte de crianças nos países em desenvolvimento, e ocasiona outras doenças graves, como a cólera.

Por isso, chamo á agua o Ouro Liquido, ou o petróleo do século 21. Mesmo assim, as nações estão a desperdiçar este precioso bem de tal maneira que não sobra quase nada nos seus principais rios para escoar nos oceanos. Com os danos causados pela irrigação e evaporação, estes rios importantes estão a secar. O que tem sido feito para amenizar a crise? Qual é a melhor solução?
Mas esta gentinha não tem mais nada que fazer? Caleeeemmmm-seeee!!! Estou eu descansadinho na minha casa quando começo a ouvir umas falas vindas lá de fora com um timbre ruidoso que até me pôs a pele em galinha. Depois, como de rompante chega-me aos ouvidos uma espécie de grunhido meio esquisito. Era o meu vizinho da frente com voz de bagaceira. As ideias começam-me a ferver cá dentro e só pensava em abrir a janela e mandar aquele homem e aquela mulherzinha ir bugiar para outro lado. É que depois só sabem falar de couves, cebolas, terrenos e galinhas. Uma pessoa quer descansar a sua cabeça e fechar os olhos por um instante, mas com estes grilos há porta não deu. Mas porque é que será que viver numa aldeia é assim tão difícil? Às 6 da manhã é o homem do pão com a sua carrinha a xingalhar e a fazer barulho a abrir e fechar o portão. Às 10 da manha é o homem do peixe e a sua buzina irritativa (!) … Depois é o homem dos correios que bate no portão como se fosse a ultima coisa a fazer na vida. Eich, é que isto ao final de um tempo cansa e chateia. E eles lá continuavam a sua converseta, se puder chamar conversa àquilo. Pego na máquina fotográfica e tal paparazzi que sou, fotografei o momento. Hããã, olhem bem para o estilo dos dois. As roupas, olhem bem para as roupas. Tenho a certeza que qualquer peça de roupa (quem sabe a interior), tem mais do que 50 anos…

O (meu) vicio de roer as unhas...

Como era bom se tivesse umas unhas de jeito, longe do aspecto como as tenho agora. É um hábito que venho alimentando desde que me lembro ser alguém neste mundo. Por vezes torna-se complicado controlar o vício de não roer as unhas. Mas como é possível não o fazer, se já de natureza sou uma pessoa nervosa? Tento não acreditar muito nesta conversa dos nervosismos, já que vejo pessoas depressivas e com todas as doenças existentes à face da terra e quando se olha para as mãos, unhas perfeitas que só elas. Levei muitas coças por causa disto, e acho que as minhas mãos foram salas de experiencias para variadíssimos temperos. Ora colocavam pimenta, ora picante, ora tantas outras coisas que nunca beneficiaram em nada nesta cura. Mas, eu agora até tenho mais cuidado com isto, apesar de ser um grande roedor. Quando era puto, os pensos era coisa que andava sempre na minha mochila, para as primeiras intervenções. Vocês podem não acreditar, mas eu roía as unhas de maneira severa, acabava por morder a carne e ferir os dedos.

E só quando sentia essa dor é que parava. Quando não parava com a dor da mordidela, parava obviamente, ou com a chapada da professora ou com a dos pais. Nessas idades não temos consciência dos nossos actos, é uma verdade. E nestas alturas é que pensamos. “Se eu soubesse o que sei hoje…”. Pois, mas se eu soubesse o que sei hoje era um sobredotado (para aquela idade, claro). Hoje, nestes dias que só eu sei o que custa passar, sempre que a minha tensão parece aumentar, lá vêem os dedos à minha boca para mais um trabalho de serração. Lembro-me de conseguir ficar sem roer as unhas durante uns 17 dias. Para mim foi uma coisa… no mínimo extra-ordi-nária. Mas não sei o que me deu, que de manhã já tinha tudo ruído. Será que roí as unhas de noite? Pois, parece que sim.

Sinto pena por este vício ainda não me ter largado de vez, há, mas não perco a esperança. Sim, então não dizem que ela é a ultima a “bater as botas”? Então prontos. A verdade aliviante é que já tive os dedos mais feios, mais cabeçudos. Por agora, estou a conseguir amainar a fera e se assim continuar pode ser que ainda largue esta “coisa” de vez. Até lá, vou utilizando aquelas técnicas, todas estúpidas e caseiras. Meter as mãos por baixo das pernas, vernizes azedos… enfim…